sábado, 22 de janeiro de 2011

Capitulo I - O sussurro

Uma história pode ter dois rumos, um final feliz (ficção) ou um final triste/indiferente (vida real), este final? Uma incógnita.

Capitulo I - O sussurro

Ela caí e ali fica, imobilizada. Olha á sua volta e apenas vê relva e meia dúzia de árvores, fugiu para longe. Com o objectivo de se recolher, ter tempo para ela, apenas para pensar.
Perde-se dentro dela mesma, com as suas imagens e as suas palavras, memórias e afins, enumeras linhas escritas a caneta, bem gravadas na sua mente, que parecem ser inapagáveis, mas fortes, tão fortes que se tornavam insuportáveis à medida que o tempo avançava. Minutos para ela, pareciam então longas horas, infamas e dolorosas.
É então que ouve pequenos (grandes) passos, apressados como nunca ouvira, "Ana!", profere Luís, uma voz grossa e grosseira, a qual faria Ana estar naquele desespero.
"Ana! O que fazes ai? Estamos preocupados!" - Diz ele, é então que Ana não aguenta, e o soluçar que parecia ser apenas interior se extrai. Derrama por si lágrimas como nunca antes, um soluçar constante e atordoante.
Apressa-se a limpar as lágrimas, restando apenas pequenas cutículas que formariam vestígios plausíveis para a desconfiança de Luís - "Ana, Ana! O que te deixa assim?" - Ana olha em redor, sem resposta e sem reacção levanta-se, abraça-o e sussurra-lhe ao ouvido "Nunca me largues.".

(continua, amanhã há mais)

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